segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Converssa com um protestante


Por Dave Amstrong
Tradução: Rondinelly Ribeiro

Protestante (P): X é uma doutrina verdadeira porque é bíblica.

Catolico (C): De acordo com qual tradição denominacional?

P: A nossa.

C: Como você sabe que sua tradição é verdadeira, enquanto outra que a contradiz é falsa?

P: Porque nós somos os mais bíblicos.

C: Como você sabe que a sua é a mais bíblica?

P: Porque nossa exegese é mais abrangente e consistente, e em sintonia com o claro ensino da Escritura.

C: Mas as outras tradições protestantes reivindicam a mesma superioridade.

P: Eu devo dizer com todo amor que estão erradas.

C: Como você sabe que estão erradas? Eu achava que os protestantes supostamente deveriam ser tolerantes uns com os outros, pelas suas diferenças, especialmente nas chamadas "doutrinas secundárias”, contudo você está chamando irmãos em Cristo de "errados."

P: Eu sou compelido a isso porque eles têm uma hermenêutica e uma exegese defeituosas, e eu devo me manter fiel à verdade bíblica.

C: Como você sabe que eles têm um método defeituoso de interpretação?

P: Pela Escritura e pelo estudo lingüístico, pelo consenso de estudiosos, e porque R.C. Sproul disse que era assim [:-)]

C: Mas, outra vez, eles reivindicam as mesmas prerrogativas e habilidades.

P: Então, se estiverem errados, devem estar cegos por suas presunções polarizadas, ou pelo próprio pecado.

C: Como você sabe?

P: Porque chegam a conclusões erradas sobre dados bíblicos claros.

C: Francamente, eu diria aquele que este é um raciocínio circular. Mas, mesmo reconhecendo sua tentativa para a causa do argumento, como alguém que esteja buscando a verdade cristã poderá escolher que denominação é verdadeira segundo a Bíblia?

P: Aquela que for mais bíblica.

C: Não comece isso outra vez [sorrindo]. Todos reivindicam isto.

P: Bem, então, a que for apostólica e tiver raízes na igreja primitiva.

C: Então os pais devem ser estudados a fim determinar quem tem fundamentos na igreja primitiva, e na tradição “apostólica”?

P: Sim, eu suponho assim [franzindo a testa].

C: Mas o que acontece se você encontrar a grande maioria dos pais tendo uma opinião contrária à sua doutrina X?

P: Então estão errados nesse ponto.

C: Como você sabe?

P: Estudando a Bíblia.

C: Então, com isso, é irrelevante o que a igreja primitiva, ou os pais, ou a igreja de 500 a 1500 acreditou?

P: Não totalmente, mas eu devo julgar suas opiniões pela Escritura.

C: Conseqüentemente, você é - numa análise final - o juiz final da tradição cristã verdadeira?

P: Bem, se você quer usar estes termos jurídicos, sim.

C: Isso não é um bocado arrogante?

P: Tanto quanto o papa e um grupo de homens velhos e celibatários com chapéus vermelhos que querem me dizer no que eu devo acreditar [olhando com cara feia].

C: Você se faz o árbitro de toda a verdadeira doutrina cristã, para dizer o mínimo, mas questiona um papa que faz um pronunciamento infalível a cada cem anos ou mais!!!! O mais notável e irônico! Eu poderia dizer, então, que você é obviamente um Super-Papa.

P: Você pode dizer o que quiser. Nós chamamos isso de primazia do consciente individual.

C: Então você acha que suas próprias opiniões e “consciência” são superiores ao consenso conjunto das centenas de anos da história da igreja, de pronunciamentos papais, da tradição apostólica, dos Concílios, etc.?

P: Sim, porque se uma doutrina é bíblica, eu devo denunciar todas as tradições dos homens que forem contrárias.

C: Sobre esse assunto, como você sabe o que é bíblico?

P: Bem, eu citarei de João Calvino:

A Escritura é auto-autenticável, certamente; portanto não é correto sujeitá-la a provas e raciocínios. Iluminados por seu poder, não cremos nem por nós mesmos nem por qualquer outro julgamento que essa Escritura é de Deus. Não buscamos nenhuma prova. Tal, então, é a convicção que não requer nenhuma razão. Não falo de nada além do que cada crente experimenta dentro de si mesmo.

[Institutas, livro I, capítulo 7, seção 5/Vol. 1, pp. 80-81 na edição de Battles/McNeill].

C: Isso parece intrinsecamente ilógico, pelos próprios critérios indicados por Calvino. Mesmo assim você tentou me dar razões e lógicas durante todo este diálogo!

P: A fé não requer nenhuma razão. O Espírito Santo a torna clara.

C: Bem, esta é uma outra bola de cera. Mas eu diria que você não saberia com certeza quais os livros do Novo Testamento se não fosse pela Igreja Católica. Os critérios de Calvino não são essencialmente diferentes dos que os Mórmons usam como justificativa para suas doutrinas. Além do mais, com que bases você confia em Calvino, quando ele contradiz tradições mais antigas da Igreja? A Escritura não é auto-autenticável, no sentido de se determinar a extensão e os parâmetros de si própria. Isto é mostrado claramente nas divergências ocorridas na igreja primitiva sobre o cânon do NT.

P: Havia um grande consenso entre os pais.

C: Eu ainda diria que era ... muito grande. Mas a divergência era mais do que suficiente para requerer a autoridade da Igreja para resolvê-la.

P: Mas Deus guiou especificamente aqueles cristãos porque Sua Palavra estava em jogo.

C: Oh? Antes de tudo, estou contente de ouvir que você reconhece a Igreja do 4º século como “cristã”. Muitos Calvinistas e outros protestantes pensam que a igreja já estava fora dos trilhos desde então!

P: Bem, isso é triste, porque Calcedônia foi um bom Concílio, e ocorreu em 451. E assim em Éfeso em 431.

C: Bom. Então você concorda que Deus guiou a Igreja primitiva. Mas não em todas as matérias?

P: Não..., não quando falaram sobre o papado, Maria, bispos, a presença real, comunhão dos santos, penitência, purgatório, justificação infusa, a regeneração batismal, a confissão, a absolvição, a tradição apostólica, a sucessão apostólica, e muitas outras doutrinas errôneas.

C: Como você sabe?

P: Porque são doutrinas claramente anti-bíblicas.

C: De acordo com qual "clara" tradição denominacional?

P: A nossa.

C: [bate na testa, levanta as mãos e olha para os céus...]

*****

E assim por diante...e assim por diante.

AMSTRONG, Dave. Apostolado Veritatis Splendor: DIÁLOGO FICTÍCIO SOBRE A SOLA SCRIPTURA . Disponível emVeritatis. Desde 10/04/2006.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Seguir Cristo na China

Entrevista com líder da organização que defende cristãos chineses

ROMA, domingo, 30 de janeiro de 2011 (ZENIT.org) - Bob Fu poderia ter sido um dos mortos no massacre da Praça Tian'anmen, se não fosse pelo fato de que sua namorada (atual esposa) adoecera uns dias antes de o governo chinês enviar o exército para reprimir os protestos estudantis pela democracia.
Embora ele não tenha estado na praça naquele dia, o massacre mudou a vida de Fu - foi quando ele perdeu a fé no comunismo. Sua prisão subsequente o levou à conversão ao cristianismo e à sua fuga da China.
Fu agora lidera, nos Estados Unidos, a fundação China Aid, que busca ajuda internacional para os cristãos na China.
Bob Fu fala, nesta entrevista, sobre sua vida na China e sobre o futuro dos cristãos em sua terra natal.

Você foi um dos líderes estudantis na Praça Tian'anmen. Poderia nos contar o que aconteceu?

Fu: Sim. Naquele momento, juntamente com muitas outras centenas de milhares de estudantes chineses, eu estava na Praça Tian'anmen e, basicamente, protestávamos contra a corrupção generalizada no governo chinês e também buscávamos liberdade, democracia e direitos humanos. Os protestos - realizados durante várias semanas - se encontraram, na madrugada de 4 de junho de 1989, com tanques e milhares de soldados chineses do Exército de Libertação Popular. Os soldados começaram a atirar no seu próprio povo. Eu havia deixado a Praça Tian'anmen três dias antes do massacre, porque a minha namorada, hoje minha esposa, estava muito doente.

O que aconteceu depois disso?

Fu: Após o massacre, eu estava basicamente sob "detenção suave", como eles a chamam. Formou-se uma equipe especial de interrogadores para investigar e interrogar-me dia e noite e eu não tinha permissão para ir às minhas aulas na faculdade. Todo dia, eu era tratado como um prisioneiro; procuravam me obrigar a assinar uma confissão. Também exigiram que eu informasse sobre todos os que estavam envolvidos no movimento estudantil.

No final, você cedeu?

Fu: No final, não foi o Partido Comunista quem realmente me convenceu, mas o Espírito Santo. Então eu tive uma mudança revolucionária na minha vida.

Você perdeu a fé no sistema?

Fu: Sim, porque eu tinha colocado a minha esperança no sistema. Eu tentei ser ativo na política e tentei mudar o Partido Comunista, unindo-me às atividades do partido.

Você acreditava nele?

Fu: Sim, eu confiava no sistema para mudar o sistema, mas, quando o exército atirou no seu próprio povo e destruiu vidas inocentes, todos os nossos sonhos acabaram e, com a desilusão e o desespero, quase me suicidei, até que eu comecei a conhecer o meu Senhor Jesus Cristo.

Como você conheceu Jesus?

Fu: Isso aconteceu num momento em que minha vida estava em crise. Eu não sabia como sobreviveria à próxima rodada de perguntas. Eu tinha tentado mudar os outros, mas muitos dos meus supostos amigos me traíram para mostrar a sua lealdade ao Partido Comunista. Então, eu estava cheio de ódio. Eu queria matá-los e depois me matar. Foi então que alguém me deu um livro - uma biografia de um pastor chinês. O livro foi conseguido por um cristão norte-americano, professor meu, que lecionava inglês em nosso departamento. Ler aquele livro transformou a minha vida.

Você só disse: "Sim, Senhor".

Fu: Sim. O livro relata como um ex-dependente químico, um intelectual muito experiente, chegou a abraçar a fé cristã e se transformou totalmente, tornando-se uma nova criatura em Cristo.

A polícia chinesa, a polícia secreta, descobriu a sua escola bíblica. O que aconteceu?

Fu: Oficialmente, eu era um professor de inglês na Escola do Partido Comunista Chinês de Pequim. Durante o dia, passava várias horas lecionando Inglês aos líderes do Partido Comunista. À tarde e no resto do meu tempo, no final de semana, eu me ocupava preparando pastores, em uma escola bíblica clandestina, até que ela foi descoberta pela polícia secreta chinesa. Em maio de 1996, minha esposa e eu fomos detidos e presos.

Preso novamente. O que aconteceu? Como foi para você?

Fu: Foi muito duro. Nos três primeiros dias e nas três primeiras noites, tentavam não me deixar dormir em nenhum momento. Era a privação do sono para acabar com a vontade da pessoa e levá-la para a sala de interrogatório; e cada interrogador ocupava seu turno para interrogar sem parar.

O que eles queriam que você revelasse? Era informação ou simplesmente queriam que você renegasse sua fé cristã?

Fu: Queriam que eu revelasse quantos cristãos havia na minha igreja. Quantos estudantes? De onde eles vinham? Quem financiou isso? Quem eram os professores? Basicamente, queriam que eu traísse meus irmãos e irmãs cristãos. Fizeram o mesmo com minha esposa. Constantemente me lembravam: "Sua mulher está em outra sala. Se você não revelar nada, ela continuará presa lá".

Você vivenciou a tortura física?

Fu: Realmente não, em comparação com muitos pastores da igreja, porque, de certa forma, eles me olhavam como um intelectual. Eu tinha inclusive um diploma de Direito e só ficava lembrando-lhes que deveriam obedecer à lei; caso contrário, eu os perseguiria até que eles me soltassem.

Como São Paulo dizendo: "Eu sou romano".

Fu: Sim, sim, é assim que eu me lembro deles. Foi difícil, mas eu não descreveria isso como tortura. Não me deixavam dormir e fui maltratado algumas vezes, mas o tratamento que recebi não passou disso.

Eu gostaria de falar um pouco sobre as comunidades cristãs e como essas comunidades estão vivendo a sua fé atualmente. Sabemos, com estimativas conservadoras, que existem cerca de 70 milhões de cristãos. É uma estimativa conservadora? De que número poderíamos estar falando realmente?

Fu: Sabemos, pelo ex-diretor nacional da Administração Estatal para Assuntos Religiosos, Ye Xiaowen, que, em 2007, o número de cristãos chineses já havia chegado a 130 milhões, incluindo os católicos. Então, sendo conservadores, pode-se falar de entre 70 e 130 milhões. Só em Pequim, eu conheci um pastor altamente respeitado pela igreja internacional e, antes que ele deixasse a China, o diretor da Secretaria de Assuntos Religiosos de lá lhe disse que só a cidade de Pequim tinha mais de 9.000 igrejas-lares. Portanto, este aumento não tem precedentes. Em 1949, quando o Partido Comunista assumiu o poder, havia menos de um milhão de cristãos, e quando nós consideramos que, mesmo sendo conservadores, há um aumento de 70 milhões, é um grande crescimento em 60 anos.

Mas algumas vezes acontece repressão violenta aos cristãos?

Fu: Sim. Se bem que, para sermos justos, nos últimos 30 anos houve mudanças positivas e avanços não só de prosperidade econômica, mas também de liberdade religiosa. Mas no geral a liberdade religiosa ainda tem problemas. Existe uma extensa perseguição em muitas partes da China.

Você fugiu da China. O que o fez abandonar a pátria?

Fu: Ficamos presos durante dois meses. Por causa da pressão internacional e porque eles não conseguiram mostrar evidências sólidas para nos processar, acabamos soltos. Descobrimos que a vida fora da cadeia era até mais dura do que lá dentro. Eles nos levavam para a delegacia de polícia o tempo todo, queriam basicamente que fôssemos informantes. Tínhamos de informar de cada ligação telefônica, cada visitante. Era muito duro.
Uma vez a polícia levou a minha esposa e eu até um parque e nos lembrou que podia nos prender a qualquer momento. Uma fonte lá de dentro nos informou que estávamos na lista para voltar a ser presos por falta de cooperação. Minha mulher estava grávida e não tinha cartão de autorização de gravidez.

Para contextualizar o assunto: o que é essa autorização de gravidez e como ela faz parte da política do filho único?

Fu: O governo chinês mantém esse controle de nascimentos, ou política do filho único, baseado na teoria de que os recursos são limitados e que a única forma de a população existente conseguir o bem-estar econômico é limitando o tamanho da população. No geral eles permitem que cada família tenha só um filho. Então, quando você quer ter o primeiro filho depois de casar, tem de pedir um cartão de autorização de gravidez, um cartão amarelo para que a sua esposa possa engravidar legalmente. Se ela não tiver o cartão, vai ser presa e obrigada a abortar. O cartão de autorização de gravidez é concedido pela unidade laboral da mulher. Como a Heidi, minha esposa, tinha sido despedida da escola de graduação da Universidade do Povo por ter sido presa, não podia conseguir a autorização de gravidez.

Eles simplesmente não davam autorização?

Fu: Não. E nós tentamos achar médicos cristãos que trabalhassem num hospital de Pequim, tentamos num hospital que tinha um médico cristão, mas o médico simplesmente não podia nos ajudar porque tinha medo de perder o trabalho se aceitasse cuidar da minha mulher.

Então vocês estavam diante de uma possibilidade de aborto?

Fu: Sim, e por isso tivemos de escapar no meio da noite pulando pela janela do banheiro do segundo andar do prédio.

Você fugiu para Hong Kong e de lá para os Estados Unidos, não foi?

Fu: Sim. Primeiro saímos de Pequim e nos escondemos no interior, porque não tínhamos passaporte nem documentos de viagem. Nós imaginávamos que nunca iríamos poder sair da China, mas Deus nos mostrou o seu milagre, e com um monte de orações e muita ajuda, conseguimos chegar a Hong Kong e, de lá, em 1997, aos Estados  Unidos.

Eu queria voltar ao tema da política do filho único. Qual é o impacto dela na sociedade chinesa?

Fu: Eu acho que o impacto se manifesta em vários aspectos. Primeiro: o conceito tradicional chinês da importância de ter um menino. Cada família quer um filho homem e isso causou um grande desequilíbrio entre as populações masculina e feminina. Segundo: temos uma crise enorme de pais idosos. Um casal hoje tem de sustentar duas famílias de pais, por causa dessa política do filho  único. Terceiro: existe uma prática massiva de esterilização forçada e de abortos. No ano passado veio à tona o dado de que cerca de 20 milhões de bebês tinham sido abortados e que o aborto era feito até no nono mês. Eu, pessoalmente, conversei com uma senhora cristã, esposa de um pastor, que contou que tinha estado num hospital, grávida de oito meses, e ao lado de ela havia outra mulher que estava grávida de nove meses. Naquela noite, oitenta mulheres grávidas foram obrigadas a abortar, com injeções de veneno no feto. É um assassinato em escala massiva.

O que é que tudo isso causa na psicologia da nação?

Fu: Esta é outra ramificação dessa política. Aquelas mulheres se deprimem e o índice de suicídios é muito alto. A política do filho único força os pais a estragar esse filho único, criando um filho mimado, muito egocêntrico. No ano passado, a revista Time publicou um artigo sobre a política chinesa de um filho só: A nova Geração da China. Uma geração egoísta. As ramificações desta política estão só começando a se manifestar e a criar outro enorme problema social.

O financiamento dessa política do filho único vem do exterior? De onde?

Fu: A política do filho único é, claro, uma política nacional do governo central chinês, mas, ironicamente, uma grande parte do financiamento vem de organizações internacionais como o Fundo de População das Nações Unidas, que doou centenas de milhões de dólares. Os Estados Unidos também financiam. 40 milhões de dólares vão para a China para ajudar a manter a política do filho único. Os países ocidentais são cúmplices dessa política.

Por que o governo tem tanto medo do cristianismo?

Fu: Espiritualmente falando, a escuridão diminui quando se chega perto da luz, e por isso a escuridão odeia a luz. Os cristãos mostram integridade, amor e perdão, e para a escuridão isso é um desafio e uma ameaça para a manutenção do seu poder: uma luta entre o bem e o mal. Na história chinesa, o cristianismo é visto como uma coisa estrangeira (yang jiao), e o governo chinês, especialmente o comunista chinês, adere à ideologia ateia - especialmente anticristã. Através da propaganda política eles utilizam a ideologia para oprimir os cristãos. Apresentam os cristãos como inimigos do povo, que colaboram com o Ocidente para derrocar o governo chinês.
Nem as atividades benéficas dos cristãos são reconhecidas; elas são ignoradas pelo governo. Durante o terremoto, os cristãos que ajudavam foram presos só porque estavam rezando pelas vítimas. São muitas formas de opressão e de intimidação conta as comunidades cristãs. Eu ouvi dizer que, depois do colapso da União Soviética e da Europa oriental, o governo chinês ficou muito nervoso.

Por verem nisso um exemplo do que poderia acontecer com eles?

Fu: Sim. Eles diziam que "ontem foi o irmão maior, depois será o irmão menor", ou seja, a China.

O cordeiro cristão pode domesticar o dragão chinês? Existe esperança para o cristianismo e para o seu país?

Fu: Eu tenho muita esperança. Acredito que o Evangelho de Jesus Cristo é irrefreável. Você pode atar fisicamente muitos cristãos, mandá-los para a cadeia ou para campos de trabalho, mas acontece que Deus transforma essas cadeias e esses campos de trabalho em campos de colheita. Foi assim que muitos conheceram o Senhor, nesses campos de trabalho. Por isso eu sou muito otimista, e acho que a China no século XXI não será só um país que recebe missionários, mas também, num futuro próximo, a China vai se preparar para levar o Evangelho de novo a Jerusalém, e se tornar um país de envio de missionários para o mundo todo. Sou muito otimista.
* * *

Esta entrevista foi realizada por Mark Riedemann para "Deus chora na terra", um programa rádio-televisivo semanal produzido por Catholic Radio and Television Network, (CRTN), em colaboração com a organização católica Ajuda à Igreja que Sofre.

essa entrevista foi retirada do Site:Cleofas

A Incrivel História do Santo Sudario!

Parte 1:



Parte 2:



Parte 3:



Parte 4:



Parte 5:



Muito interessante a História do Possivel Pano que cobriu o corpo de Jesus Nazareno!

Dialogo com Protestante


Por Dave Amstrong
Tradução: Rondinelly Ribeiro

Protestante (P): X é uma doutrina verdadeira porque é bíblica.

Catolico (C): De acordo com qual tradição denominacional?

P: A nossa.

C: Como você sabe que sua tradição é verdadeira, enquanto outra que a contradiz é falsa?

P: Porque nós somos os mais bíblicos.

C: Como você sabe que a sua é a mais bíblica?

P: Porque nossa exegese é mais abrangente e consistente, e em sintonia com o claro ensino da Escritura.

C: Mas as outras tradições protestantes reivindicam a mesma superioridade.

P: Eu devo dizer com todo amor que estão erradas.

C: Como você sabe que estão erradas? Eu achava que os protestantes supostamente deveriam ser tolerantes uns com os outros, pelas suas diferenças, especialmente nas chamadas "doutrinas secundárias”, contudo você está chamando irmãos em Cristo de "errados."

P: Eu sou compelido a isso porque eles têm uma hermenêutica e uma exegese defeituosas, e eu devo me manter fiel à verdade bíblica.

C: Como você sabe que eles têm um método defeituoso de interpretação?

P: Pela Escritura e pelo estudo lingüístico, pelo consenso de estudiosos, e porque R.C. Sproul disse que era assim [:-)]

C: Mas, outra vez, eles reivindicam as mesmas prerrogativas e habilidades.

P: Então, se estiverem errados, devem estar cegos por suas presunções polarizadas, ou pelo próprio pecado.

C: Como você sabe?

P: Porque chegam a conclusões erradas sobre dados bíblicos claros.

C: Francamente, eu diria aquele que este é um raciocínio circular. Mas, mesmo reconhecendo sua tentativa para a causa do argumento, como alguém que esteja buscando a verdade cristã poderá escolher que denominação é verdadeira segundo a Bíblia?

P: Aquela que for mais bíblica.

C: Não comece isso outra vez [sorrindo]. Todos reivindicam isto.

P: Bem, então, a que for apostólica e tiver raízes na igreja primitiva.

C: Então os pais devem ser estudados a fim determinar quem tem fundamentos na igreja primitiva, e na tradição “apostólica”?

P: Sim, eu suponho assim [franzindo a testa].

C: Mas o que acontece se você encontrar a grande maioria dos pais tendo uma opinião contrária à sua doutrina X?

P: Então estão errados nesse ponto.

C: Como você sabe?

P: Estudando a Bíblia.

C: Então, com isso, é irrelevante o que a igreja primitiva, ou os pais, ou a igreja de 500 a 1500 acreditou?

P: Não totalmente, mas eu devo julgar suas opiniões pela Escritura.

C: Conseqüentemente, você é - numa análise final - o juiz final da tradição cristã verdadeira?

P: Bem, se você quer usar estes termos jurídicos, sim.

C: Isso não é um bocado arrogante?

P: Tanto quanto o papa e um grupo de homens velhos e celibatários com chapéus vermelhos que querem me dizer no que eu devo acreditar [olhando com cara feia].

C: Você se faz o árbitro de toda a verdadeira doutrina cristã, para dizer o mínimo, mas questiona um papa que faz um pronunciamento infalível a cada cem anos ou mais!!!! O mais notável e irônico! Eu poderia dizer, então, que você é obviamente um Super-Papa.

P: Você pode dizer o que quiser. Nós chamamos isso de primazia do consciente individual.

C: Então você acha que suas próprias opiniões e “consciência” são superiores ao consenso conjunto das centenas de anos da história da igreja, de pronunciamentos papais, da tradição apostólica, dos Concílios, etc.?

P: Sim, porque se uma doutrina é bíblica, eu devo denunciar todas as tradições dos homens que forem contrárias.

C: Sobre esse assunto, como você sabe o que é bíblico?

P: Bem, eu citarei de João Calvino:

A Escritura é auto-autenticável, certamente; portanto não é correto sujeitá-la a provas e raciocínios. Iluminados por seu poder, não cremos nem por nós mesmos nem por qualquer outro julgamento que essa Escritura é de Deus. Não buscamos nenhuma prova. Tal, então, é a convicção que não requer nenhuma razão. Não falo de nada além do que cada crente experimenta dentro de si mesmo.

[Institutas, livro I, capítulo 7, seção 5/Vol. 1, pp. 80-81 na edição de Battles/McNeill].

C: Isso parece intrinsecamente ilógico, pelos próprios critérios indicados por Calvino. Mesmo assim você tentou me dar razões e lógicas durante todo este diálogo!

P: A fé não requer nenhuma razão. O Espírito Santo a torna clara.

C: Bem, esta é uma outra bola de cera. Mas eu diria que você não saberia com certeza quais os livros do Novo Testamento se não fosse pela Igreja Católica. Os critérios de Calvino não são essencialmente diferentes dos que os Mórmons usam como justificativa para suas doutrinas. Além do mais, com que bases você confia em Calvino, quando ele contradiz tradições mais antigas da Igreja? A Escritura não é auto-autenticável, no sentido de se determinar a extensão e os parâmetros de si própria. Isto é mostrado claramente nas divergências ocorridas na igreja primitiva sobre o cânon do NT.

P: Havia um grande consenso entre os pais.

C: Eu ainda diria que era ... muito grande. Mas a divergência era mais do que suficiente para requerer a autoridade da Igreja para resolvê-la.

P: Mas Deus guiou especificamente aqueles cristãos porque Sua Palavra estava em jogo.

C: Oh? Antes de tudo, estou contente de ouvir que você reconhece a Igreja do 4º século como “cristã”. Muitos Calvinistas e outros protestantes pensam que a igreja já estava fora dos trilhos desde então!

P: Bem, isso é triste, porque Calcedônia foi um bom Concílio, e ocorreu em 451. E assim em Éfeso em 431.

C: Bom. Então você concorda que Deus guiou a Igreja primitiva. Mas não em todas as matérias?

P: Não..., não quando falaram sobre o papado, Maria, bispos, a presença real, comunhão dos santos, penitência, purgatório, justificação infusa, a regeneração batismal, a confissão, a absolvição, a tradição apostólica, a sucessão apostólica, e muitas outras doutrinas errôneas.

C: Como você sabe?

P: Porque são doutrinas claramente anti-bíblicas.

C: De acordo com qual "clara" tradição denominacional?

P: A nossa.

C: [bate na testa, levanta as mãos e olha para os céus...]

*****

E assim por diante...e assim por diante.

AMSTRONG, Dave. Apostolado Veritatis Splendor: DIÁLOGO FICTÍCIO SOBRE A SOLA SCRIPTURA . Disponível emVeritatis. Desde 10/04/2006.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Fora da Igreja não há salvação?!

Estes dias recebi o desafio de subscrever (ou não) o IV Concílio de Latrão, que foi uma das oportunidades em que a Igreja Católica definiu dogmaticamente que Extra Ecclesiam nulla salus, ou seja, fora da Igeja não há salvação. Já escrevi longamente a respeito disso no livro TEOLOGIA DA SOLIDARIEDADE, publicado por Edições Loyola. Porém, alguns insistem em pedir uma afirmação categórica de minha parte. É CLARO QUE SUBSCREVE EM GÊNERO, NÚMERO E GRAU ESTA AFIRMAÇÃO DO CONCÍLIO DE LATRÃO. Além disso, subscrevo também a interpretação oficial desta fórmula pelo recente Magistério da Igreja, seja o Concílio Vaticano II (que é um Concílio Pastoral, o que não significa que pudesse entrar em contradição com os dogmas anteriores), seja encíclicas como Redemptoris Missio ou Ut Unum Sint, ambas de João Paulo II.
Aliás, este santo Padre, fez um interessante pronunciamento sobre esta questão no dia 31 de maio de 1995. Era uma audiência de quarta-feira. Publico a íntegra no original, em italiano, e traduzo apenas um trecho central. Reafirmo que subscrevo cada palavra do Santo Padre, e exorto todos os meus leitores a fazerem o mesmo.
4. Já que Cristo realiza a salvação mediante seu Corpo, que é a Igreja, a via da salvação é essencialmente ligada à Igreja. O axioma Extra Ecclesiam nulla salus – “ffora da Igreja não há salvação” –, enunciado por São Cipriano (Epist 73,21: PL 1123 AB), pertence à tradição cristã e foi inserido no Concílio de Latrão (Denz.-S. 802), na bula Unam Sanctam de Bonifacio VIII (Denz.-S. 870) e no Concilio de Firenze (Decretum pro Jacobitis, Denz.-S. 1351).
O axioma significa que para aqueles que não ignoram que a Igreja foi fundada por Deus por intermédio de Jesus Cristo como necessária existe a obrigação de entrar e de perseverar nela para obter a salvação (cf. Lumen Gentium 14). Para aqueles que, ao invés, não receberam o anúncio do Evangelho, como escrevi na Encíclica Redemptoris Missio, a salvação é acessível por meio de uma via misteriosa enquanto a graça divina vem a eles conferida em virtude do sacrifício redentor de Cristo, sem adesão externa à Igreja mas sempre, todavia, em relação com ela (cf. Redemptoris Missio, 10). Trata-se de uma “misteriosa relação”: misteriosa para aqueles que a recebem, porque esses não conhecem a Igreja e ao contrário, todavia, a rejeitam; misteriosa também em si mesma porque ligada ao mistério salvífico da graça, que comporta uma referência essencial à Igreja fundada pelo Salvador.
Com este texto de João Paulo II, e outros do Magistério da Igreja, concluímos que está CORRETÍSSIMO afirmar que FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO. Mas o ponto seguinte do debate é o que interessa do ponto de vista hermenêutico: O QUE É A IGREJA? Se a consideramos somente uma BARCA INSTITUCIONAL, então quem estiver inscrito na INSTITUIÇÃO se salva… os outros não. Algumas igrejas evangélicas também caem neste erro de alguns tradicionalistas católicos. Isto não é DOGMA da Igreja Católica. A Igreja vai além de sua dimensão visível, institucional. Ela é MISTÉRIO; é SACRAMENTO UNIVERSAL DE SALVAÇÃO (Lumen Gentium). Neste sentido é preciso entender as diversas figuras da Igreja: videira, luz, sacramento, corpo místico etc. Se reduzirmos a Igreja a um dos Modelos cairemos inevitavelmente em um reducionismo e interpretaremos de modo equivocado do EXTRA ECCLESIAM NULLA SALUS. Para isso é importante estudar teologia antes de emitir opiniões subjetivas ou ideológicas em sites da Internet, confundindo os irmãos mais frágeis na fé.
Posto a íntegra da mensagem de João Paulo II:
GIOVANNI PAOLO II
UDIENZA GENERALE
Mercoledì, 31 maggio 1995

1. Le difficoltà che talora accompagnano lo sviluppo dell’evangelizzazione pongono in luce un problema delicato la cui soluzione non va cercata in termini puramente storici o sociologici: il problema della salvezza di coloro che non appartengono visibilmente alla Chiesa. Non ci è data la possibilità di scrutare il mistero dell’azione divina nelle menti e nei cuori, per valutare la potenza della grazia di Cristo nel prendere possesso, in vita e in morte, di quanti “il Padre gli ha dato”, e che Egli stesso ha proclamato di non voler “perdere”. Lo sentiamo ripetere in una delle letture evangeliche proposte per la Messa dei defunti (cf. Gv 6, 39-40).
Ma, come ho scritto nell’Enciclica Redemptoris Missio, non si può limitare il dono della salvezza “a coloro che, in modo esplicito, credono in Dio e sono entrati nella Chiesa. Se è destinata a tutti la salvezza deve essere messa in concreto a disposizione di tutti”. E, ammettendo che è concretamente impossibile per tanta gente accedere al messaggio cristiano, ho aggiunto: “Molti uomini non hanno la possibilità di conoscere o di accettare la rivelazione del Vangelo di entrare nella Chiesa. Essi vivono in condizioni socio-culturali che non lo permettono, e spesso sono stati educati in altre tradizioni religiose” (Redemptoris Missio, 10).
Dobbiamo riconoscere che per quanto rientra nelle umane capacità di previsione e di conoscenza questa impossibilità pratica sembrerebbe destinata a durare ancora a lungo forse anche fino al compimento finale dell’opera di evangelizzazione. Gesù stesso ha ammonito che solo il Padre conosce “i tempi e i momenti” da lui fissati per l’instaurazione del suo Regno nel mondo (cf. At 1, 7).
2. Quanto sopra ho detto non giustifica però la posizione relativistica di chi ritiene che in qualsiasi religione si possa trovare una via di salvezza, anche indipendentemente dalla fede in Cristo Redentore, e che su questa ambigua concezione debba basarsi il dialogo interreligioso. Non è qui la soluzione conforme al Vangelo del problema della salvezza di chi non professa il Credo cristiano. Dobbiamo invece sostenere che la strada della salvezza passa sempre per Cristo, e che quindi spetta alla Chiesa e ai suoi missionari il compito di farlo conoscere ed amare in ogni tempo, in ogni luogo e in ogni cultura. Al di fuori di Cristo non “vi è salvezza”. Come proclamava Pietro davanti al Sinedrio, fin dall’inizio della predicazione apostolica: “Non vi è altro nome dato agli uomini sotto il cielo nel quale sia stabilito che possiamo essere salvati” (At 4, 12).
Anche per coloro che senza loro colpa non conoscono Cristo e non si riconoscono cristiani, il piano divino ha predisposto una via di salvezza. Come leggiamo nel Decreto conciliare sull’attività missionaria Ad Gentes, noi crediamo che “Dio, attraverso le vie che lui solo conosce può portare gli uomini che senza loro colpa ignorano il Vangelo” alla fede necessaria alla salvezza (Ad Gentes, 7). Certo, la condizione “senza loro colpa” non può essere verificata né apprezzata da una valutazione umana, ma deve essere lasciata unicamente al giudizio divino. Per questo nella Costituzione Gaudium et Spes il Concilio dichiara che nel cuore di ogni uomo di buona volontà “opera invisibilmente la grazia”, e che “lo Spirito Santo dà a tutti la possibilità di venire in contatto, nel modo che Dio conosce, col Mistero pasquale” (Gaudium et Spes, 22).
3. E importante sottolineare che la via della salvezza percorsa da quanti ignorano il Vangelo non è una via fuori di Cristo e della Chiesa. La volontà salvifica universale è legata all’unica mediazione di Cristo. Lo afferma la Prima Lettera a Timoteo: “Dio nostro Salvatore, il quale vuole che tutti gli uomini siano salvati e arrivino alla conoscenza della verità. Uno solo, infatti, è Dio, e uno solo il mediatore fra Dio e gli uomini, l’uomo Cristo Gesù, che ha dato se stesso in riscatto per tutti” (1 Tm 2, 3-6). Lo proclama Pietro quando dice che “in nessun altro c’è salvezza”, e chiama Gesù “testata d’angolo” (At 4,11-12), ponendo in evidenza il ruolo necessario di Cristo a fondamento della Chiesa.
Questa affermazione della “unicità” del Salvatore trae la sua origine dalle stesse parole del Signore, il quale afferma di essere venuto “per dare la propria vita in riscatto per molti” (Mc 10, 45), cioè per l’umanità, come spiega San Paolo quando scrive: “Uno è morto per tutti” (2 Cor 5, 14 cf. Rm 5, 18). Cristo ha ottenuto la salvezza universale con il dono della propria vita: nessun altro mediatore è stato stabilito da Dio come Salvatore. Il valore unico del sacrificio della Croce deve essere sempre riconosciuto nel destino di ogni uomo.
4. E siccome Cristo opera la salvezza mediante il suo mistico Corpo, che è la Chiesa, la via di salvezza è essenzialmente legata alla Chiesa. L’assioma extra Ecclesiam nulla salus – “fuori della Chiesa non c’è salvezza” –, enunciato da San Cipriano (Epist 73,21: PL 1123 AB), appartiene alla tradizione cristiana ed è stato inserito nel Concilio Lateranense IV (Denz.-S. 802), nella bolla Unam Sanctam di Bonifacio VIII (Denz.-S. 870) e nel Concilio di Firenze (Decretum pro Jacobitis, Denz.-S. 1351).
L’assioma significa che per quanti non ignorano che la Chiesa è stata fondata da Dio per mezzo di Gesù Cristo come necessaria c’è l’obbligo di entrare e di perseverare in essa al fine di ottenere la salvezza (cf. Lumen Gentium, 14). Per coloro che invece non hanno ricevuto l’annunzio del Vangelo, come ho scritto nell’Enciclica Redemptoris Missio, la salvezza è accessibile attraverso vie misteriose in quanto la grazia divina viene loro conferita in virtù del sacrificio redentore di Cristo, senza adesione esterna alla Chiesa ma sempre, tuttavia, in relazione con essa (cf. Redemptoris Missio, 10). Si tratta di una “misteriosa relazione”: misteriosa per coloro che la ricevono, perché essi non conoscono la Chiesa e anzi, talvolta, esternamente la respingono; misteriosa anche in se stessa perché legata al mistero salvifico della grazia, che comporta un riferimento essenziale alla Chiesa fondata dal Salvatore.
La grazia salvifica, per operare, richiede un’adesione, una cooperazione, un sì alla divina donazione: e tale adesione è, almeno implicitamente, orientata verso Cristo e la Chiesa. Perciò si può dire anchesine Ecclesia nulla salus – “senza la Chiesa non c’è salvezza” –: l’adesione alla Chiesa-Corpo mistico di Cristo, per quanto implicita è appunto misteriosa, costituisce una condizione essenziale per la salvezza.
5. Le religioni possono esercitare un influsso positivo sul destino di chi ne fa parte e ne segue le indicazioni con sincerità di spirito. Ma se l’azione decisiva per la salvezza è opera dello Spirito Santo dobbiamo tener presente che l’uomo riceve soltanto da Cristo, mediante lo Spirito Santo, la sua salvezza. Essa ha inizio già nella vita terrena, che la grazia, accettata e corrisposta, rende fruttuosa, in senso evangelico, per la terra e per il cielo.
Di qui l’importanza del ruolo indispensabile della Chiesa, la quale “non è fine a se stessa ma fervidamente sollecita di essere tutta di Cristo, in Cristo e per Cristo, e tutta degli uomini, fra gli uomini e per gli uomini”. Un ruolo che non è dunque “ecclesiocentrico” come a volte si è detto: la Chiesa non esiste infatti né lavora per se stessa, ma è al servizio di una umanità chiamata alla filiazione divina in Cristo (cf. Redemptoris Missio, 19). Essa esercita perciò una mediazione implicita anche nei confronti di quanti ignorano il Vangelo.
Ciò non deve però portare alla conclusione che la sua attività missionaria sia in tali circostanze meno necessaria. Tutt’altro. In effetti chi ignora Cristo, pur senza sua colpa, viene a trovarsi in una condizione di oscurità e di carestia spirituale con riflessi negativi spesso anche sul piano culturale e morale. L’azione missionaria della Chiesa può procurargli le condizioni di pieno sviluppo della grazia salvatrice di Cristo, proponendo l’adesione piena e consapevole al messaggio della fede e la partecipazione attiva alla vita ecclesiale nei sacramenti.
Questa è la linea teologica tratta dalla tradizione cristiana. Il magistero della Chiesa l’ha seguita nella dottrina e nella prassi come via segnata da Cristo stesso per gli Apostoli e per i missionari di tutti i tempi.

Pe. Joãozinho, SCJ
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Maravilhosa Pregação Moises Rocha : a verdade doi mais cura!



minha vida sempre precisou de um pregação assim...

visualizações de página

About Me

Minha foto
Pedro Henrique
São José dos Campos, São Paulo, Brazil
Sou estudante de Teologia,e Direito,sou de São Jose dos Campos,Católico apostólico romano qualquer duvida doutrinária enviar para: pha_sps@hotmail.com
Ver meu perfil completo

Contato

Downloads

converse com o Pedro

Siga-me